O esporte Pinhalense está de luto, faleceu Joacir Magni (Joa). Em sua
homenagem estou publicando aqui no blog, uma matéria que publiquei no Jornal A
Sua Voz em 2016....Descanse em paz amigo Joa.
No mês de setembro de 2016 escrevi na coluna
Almanaque do Esporte do Jornal A Sua Voz falando do drama vivido por Joa, que
estava feliz ao lado da sua família, esposa Micheli, dos filhos Yuri e Yago, e dos
demais familiares. Até que no final do ano de 2015 começou a sentir dores no
joelho direito, as dores foi aumentando, ele foi ao município de Cunhataí a
procura de uma massagista (popularmente conhecido por arrumador de osso), que
foi indicado por um familiar. No inicio deste ano as dores aumentavam a cada
dia, dificultando a fazer o que ele mais gostava, que era jogar futebol. Ainda
jogou com muita dificuldade (mancando) um jogo do campeonato municipal de
futebol suíço 2016, na Linha Volta Grande, e jogou um jogo do campeonato
municipal de futebol de campo, para a equipe da Linha Jesuíta Alta em Sul
Brasil.
As dores estavam insuportáveis, os amigos o indicaram outro massagista,
que atende no município de Serra Alta (Iradi Tauffer) que o atendeu, e o
aconselhou a procurar um fisioterapeuta ou um médico. As dores só aumentavam, e
Joa resolveu procurar o médico ortopedista, Dr. Benhur Carlo Dassoler, que
pediu uma ressonância.
Quando ele retornou ao médico com a ressonância, Dr.
Benhur constatou que existia um tumor de 11 centímetros no fêmur e o aconselhou
a procurar uma especialista em sarcoma ósseo, lhe deu o número do telefone de
um médico especialista em Passo Fundo. (Tentei contato por telefone com o Dr.
Benhur, não obtive sucesso, procurei o Dr. Cristhian Fiorini pessoalmente que
gentilmente nos atendeu, e falou que este tipo de câncer nos ossos é relativamente raro e seus
sintomas são de dores fortes e o aumento de volume do local). Quando o médico o
deu a notícia, o chão fugiu dos pés, chegando a loja, ele conversou com a
esposa Micheli, o baque foi grande, mas a esperança, era que fosse o tipo de
câncer benigno. O especialista de Passo Fundo o atenderia particular, mas o Dr.
Benhur também fez a papelada para que ele pudesse encaminhar através do SUS.
Joa foi a secretaria da saúde de Pinhalzinho, e foi informado que teria que
esperar uns dias para ser encaminhado a um especialista, foi aí que entrou em
ação o vereador Remi Sulzbacher que ligou para o Joa, e pediu para que
ele voltasse a secretaria da saúde, junto com o vereador e com os exames em
mãos, conversaram com a secretária Aida da Silva. Vendo que o caso era de
emergência o encaminharam ao Cepon de Florianópolis. No Cepon após os exames
foi constatado que o câncer era maligno, e muito agressivo, e que precisava
amputar a perna. A notícia soou aos seus ouvidos como uma bomba, sabendo que
não poderia mais jogar futebol, algo que adorava fazer desde a infância. Um
anjo da guarda apareceu em sua vida, a tia Noeli, deixou todos os afazeres no
estado do Mato Grosso e veio para Florianópolis cuidar do Joa, já que a esposa
Micheli precisava cuidar da loja da família. No mês de junho foi amputada
a perna direita do Joacir, que pensou em muitas coisas, entre eles, que a sua
vida tinha acabado, mas com o apoio dos amigos e dos familiares, o guerreiro
Joa segue fazendo o tratamento com fortes doses de quimioterapia.
Joacir
Luiz Magni perdeu a perna, mas não perdeu a esperança em dias melhores, segue
lutando pela vida, sabe das dificuldades que terá pela frente, é forte,
guerreiro, não desiste, vai seguir lutando. Quem sabe um dia, uma luz ilumina a
cabeça dos políticos municipais, e vejam as pessoas especiais com mais atenção,
quem sabe essas pessoas, assim como o Jao, gostariam de praticar algum esporte
paraolímpico. Joacir encerrou a entrevista com a seguinte mensagem: “Não
importa o quanto agente apanha, o que importa é o quanto agente aguenta
apanhar”.
Vá com Deus meu amigo, descanse em paz!

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