quarta-feira, 19 de abril de 2017

O esporte Pinhalense está de luto, faleceu Joacir Luiz Magni (Joa)



O esporte Pinhalense está de luto, faleceu Joacir Magni (Joa). Em sua homenagem estou publicando aqui no blog, uma matéria que publiquei no Jornal A Sua Voz em 2016....Descanse em paz amigo Joa.

No mês de setembro de 2016 escrevi na coluna Almanaque do Esporte do Jornal A Sua Voz falando do drama vivido por Joa, que estava feliz ao lado da sua família, esposa Micheli, dos filhos Yuri e Yago, e dos demais familiares. Até que no final do ano de 2015 começou a sentir dores no joelho direito, as dores foi aumentando, ele foi ao município de Cunhataí a procura de uma massagista (popularmente conhecido por arrumador de osso), que foi indicado por um familiar. No inicio deste ano as dores aumentavam a cada dia, dificultando a fazer o que ele mais gostava, que era jogar futebol. Ainda jogou com muita dificuldade (mancando) um jogo do campeonato municipal de futebol suíço 2016, na Linha Volta Grande, e jogou um jogo do campeonato municipal de futebol de campo, para a equipe da Linha Jesuíta Alta em Sul Brasil. 

As dores estavam insuportáveis, os amigos o indicaram outro massagista, que atende no município de Serra Alta (Iradi Tauffer) que o atendeu, e o aconselhou a procurar um fisioterapeuta ou um médico. As dores só aumentavam, e Joa resolveu procurar o médico ortopedista, Dr. Benhur Carlo Dassoler, que pediu uma ressonância. 

Quando ele retornou ao médico com a ressonância, Dr. Benhur constatou que existia um tumor de 11 centímetros no fêmur e o aconselhou a procurar uma especialista em sarcoma ósseo, lhe deu o número do telefone de um médico especialista em Passo Fundo. (Tentei contato por telefone com o Dr. Benhur, não obtive sucesso, procurei o Dr. Cristhian Fiorini pessoalmente que gentilmente nos atendeu, e falou que este tipo de câncer nos ossos é relativamente raro e seus sintomas são de dores fortes e o aumento de volume do local). Quando o médico o deu a notícia, o chão fugiu dos pés, chegando a loja, ele conversou com a esposa Micheli, o baque foi grande, mas a esperança, era que fosse o tipo de câncer benigno. O especialista de Passo Fundo o atenderia particular, mas o Dr. Benhur também fez a papelada para que ele pudesse encaminhar através do SUS. 

Joa foi a secretaria da saúde de Pinhalzinho, e foi informado que teria que esperar uns dias para ser encaminhado a um especialista, foi aí que entrou em ação o vereador Remi Sulzbacher  que ligou para o Joa, e pediu para que ele voltasse a secretaria da saúde, junto com o vereador e com os exames em mãos, conversaram com a secretária Aida da Silva. Vendo que o caso era de emergência o encaminharam ao Cepon de Florianópolis. No Cepon após os exames foi constatado que o câncer era maligno, e muito agressivo, e que precisava amputar a perna. A notícia soou aos seus ouvidos como uma bomba, sabendo que não poderia mais jogar futebol, algo que adorava fazer desde a infância. Um anjo da guarda apareceu em sua vida, a tia Noeli, deixou todos os afazeres no estado do Mato Grosso e veio para Florianópolis cuidar do Joa, já que a esposa Micheli precisava  cuidar da loja da família. No mês de junho foi amputada a perna direita do Joacir, que pensou em muitas coisas, entre eles, que a sua vida tinha acabado, mas com o apoio dos amigos e dos familiares, o guerreiro Joa segue fazendo o tratamento com fortes doses de quimioterapia.
        
Joacir Luiz Magni perdeu a perna, mas não perdeu a esperança em dias melhores, segue lutando pela vida, sabe das dificuldades que terá pela frente, é forte, guerreiro, não desiste, vai seguir lutando. Quem sabe um dia, uma luz ilumina a cabeça dos políticos municipais, e vejam as pessoas especiais com mais atenção, quem sabe essas pessoas, assim como o Jao, gostariam de praticar algum esporte paraolímpico. Joacir encerrou a entrevista com a seguinte mensagem: “Não importa o quanto agente apanha, o que importa é o quanto agente aguenta apanhar”.  

Vá com Deus meu amigo, descanse em paz!


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